domingo, 16 de novembro de 2014

Feliz aniversário, Half-Life 2! – Dez anos do melhor FPS do mundo




            É hoje, dia 16 de novembro, o aniversário de uma década do game que causou um dos maiores marcos na história dos jogos. Half-Life 2 teve seu primeiro anúncio na E3 de 2003, apenas para ser lançado no ano seguinte, depois de vários atrasos e adiamentos, recebendo incontáveis prêmios, inclusive o de jogo do ano naquele que foi um dos anos mais memoráveis e importantes na indústria dos games em se tratando de lançamentos. Como se não fosse o bastante, dois anos atrás ele ainda ganhou o prêmio de jogo da década, que reunia uma lista com os dez games mais importantes da década passada, e isso ainda competindo com nomes de peso, como World of Warcraft, Red Dead Redemption, Shadow of the Colossus e Zelda: Wind Waker. Só pra você ter uma pequena noção de todo o respeito que ele conquistou e continua conquistando até hoje. Seu impacto foi tamanho que há quem diga que a história dos vídeo games pode ser dividida em duas fases: antes e depois do lançamento de HL 2. Não estou em posição de discordar.

            Mas é claro que pra falar disso eu sou suspeito. Eu me apaixonei pela série quando o joguei pela primeira vez, em 2010, época em que já me considerava fã declarado das séries Zelda e Metroid e achava que nada mais no mundo poderia me impressionar. Half-Life 2 não só quebrou essa minha crença, como conseguiu atingir a posição número um da minha lista de melhores experiências em jogos eletrônicos, empatado até hoje com Zelda: Twilight Princess e Portal 2. O game guarda uma reputação de ser insuperável, mesmo quando colocado frente a frente com alguns dos melhores games já feitos. Como todo bom jogo, Half-Life 2 não envelhece. Continua estando à altura de qualquer jogo moderno e provavelmente continuará assim, imune ao tempo, durante muitas gerações. É esta a definição perfeita do sentimento que eu e muitas pessoas tivemos quando o conhecemos e que só foi sendo reforçado durante a relação íntima que fui construindo com a série desde então.




            Mesmo não tendo introduzido muitos conceitos inovadores em tudo aquilo que já havia sido testado em jogos de tiro em primeira pessoa, a saga Half-Life brilhou de verdade no que diz respeito ao refinamento absurdo daquilo que já se fazia bem antes a um nível que se acreditava ser impossível. A história era incrivelmente complexa e bem bolada, com uma trajetória estimulante que influenciava o jogador a continuar superando seus desafios, a ambientação era extremamente imersiva e bem construída, te fazendo acreditar que mundos alienígenas e seres interdimensionais eram coisas perfeitamente normais que poderiam ser meramente encontradas por aí, a caracterização era muito bem feita, com um mundo perfeitamente crível (por mais absurdo que fosse) e personagens com diálogos tão convincentes que pareciam ter saído de um filme, e uma atmosfera única, unindo realismo e fantasia na medida certa e com um nível de profundidade que pouquíssimos games conseguiram alcançar. A série fez com que uma invasão alienígena parecesse algo que pudesse acontecer a qualquer momento, como em um dia comum como este. E mais do que só realista, ela o fez a sua própria maneira, sem apelar para os clichês de sempre, criando aquele charme que nos encantou e que só os gênios da Valve sabem fazer.

            Se houve uma grande inovação que a saga trouxe para o mundo, foi a maneira como o Half-Life 2 lidou com as leis da física, provavelmente o tópico preferido dos fãs do jogo. A simulação da física que a incrível Source Engine soube fazer não só deixava o jogo com um ar mais realista, como também ajudava a criar uma série de puzzles inteligentes que não se viam todo dia em jogos mais objetivos como os de ação. E nós podemos dar todo esse mérito à criação da Gravity Gun, a primeira arma em um jogo de tiro que ao invés de matar, manipula a gravidade em torno de objetos, permitindo uma compreensão e interação com a física dentro de um game nunca antes vista.




            Eu agradeço muito ao momento em que assisti aquele trailer que me fez jogar esse jogo e me apaixonar por ele à primeira vista. Mais do que isso, agradeço aos malucos da Valve, Gabe Newell e todos os sortudos que fizeram parte da equipe de criação dessa obra prima, que continua e continuará a impressionar veteranos e novatos no universo dos jogos eletrônicos que se propõem a jogar o jogo hoje. Dez anos depois do rebuliço que ele causou na vida das pessoas, é incrível ver o quanto suas ideias arriscadas e execução mais que excelente ainda influenciam o vasto mundo dos jogos como se tivesse sido lançado ontem. Desse jeito fica difícil imaginar como uma possível sequência seria capaz de superar essa grandiosidade toda.

Half-Life 2 não foi só importante na indústria dos jogos. Foi importante na minha vida também. E por mais que os seus capítulos que ainda estão por vir muito dificilmente sobreviverão ao hype inexorável impulsionado pelo segundo jogo, eu continuo querendo – querendo não, PRECISANDO – saber como será o desfecho da saga. E tenho certeza de que meio mundo concorda comigo.

Até lá, permaneceremos na nossa contemplação fanática pelo que já foi alcançado pela série até agora. Então que venha logo o Half-Life 3 para construir mais dez anos de história. 




3 comentários:

  1. Bate uma nostalgia lenda isso, dá uma vontade de jogar tudo de novo, não chegou a zerar o 1, mas esse sim, e foi uma experiência sensacional

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Quis dizer Lendo* e Cheguei*... E já reinstalei Half- Life 2 pra jogá-lo de novo rs' Você já jogou Doom 3?? Nunca consegui zerar aquele jogo

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