sábado, 1 de dezembro de 2012

Video Games Live 2012







    Ao contrário da maioria das pessoas, que se preocupa com Copa do Mundo e as Olimpíadas, o único grande evento digno da minha atenção é o Video Games Live, o maior evento de música de vídeo game do mundo. Só que ao invés de acontecer de quatro em quatro anos, o VGL acontece uma vez ao ano, sendo o grande evento anual de games junto com a E3 (Eletronic Entertainment Expo) e o Video Games Awards. E depois da minha primeira vez no show, em 2009, eu prometi a mim mesmo que continuaria indo todos os anos pro resto da minha vida. Ou enquanto o show durasse.
    No dia 20 de outubro foi a sua última edição aqui no Brasil (eu sei que já faz mais de um mês, mas fica difícil escrever entre os estudos pra provas e trabalhos da faculdade) e eu tenho que admitir que, depois de quatro anos consecutivos, algumas fórmulas já estão ficando cansativas e repetitivas. São sempre as mesmas piadas, os mesmos vídeos antes do início do show, e algumas das mesmas apresentações (como a de God of War e Castlevania, por exemplo) sendo repetidos todos os anos. Mas nada disso é um problema para Tommy Tallarico, apresentador e co-criador do VGL. A cada turnê, ele se esforça para nos trazer algo de novo. E consegue. Em 2010, ele trouxe o compositor de God of War para os palcos e, em 2011, o compositor de jogos da Blizzard (como World of Warcraft e Starcraft) para comandar a orquestra. E é por causa dessas surpresas que continua valendo a pena comprar o ingresso para o melhor show de música de jogo eletrônico de todos os tempos.
 

   Composto por apresentações de mais de cinquenta jogos até hoje, o Video Games Live tem um propósito muito maior do que apenas entreter a plateia. Ele foi criado para mostrar ao mundo que a cultura gamer também tem seu valor e pode ser muito bem considerada um tipo de arte. “Música de jogo eletrônico não é só uma sequência randômica de ‘blips e blops’”, como o próprio Tallarico diz no meio do show. Muitas trilhas sonoras são verdadeiras obras de arte, como a de Zelda, e nem sempre fazem parte do gênero eletrônica, tanto que podem ser tocadas por uma orquestra sinfônica sem problemas. Uma das músicas da série Final Fantasy inclusive foi a primeira trilha de um vídeo game a ser considerada uma das melhores músicas clássicas de todos os tempos, o que é motivo de orgulho para os gamers do mundo todo.
    Entre concertos de trilhas e vídeos de jogos, o show tem muitos eventos secundários para divertir o público. Concurso de cosplay e Guitar Hero, pessoas da plateia que são chamadas para jogar jogos no palco e algumas outras atrações alternativas estão lá para preencher os espaços em que a orquestra não está tocando. Laura Intravia, a gracinha que participou de todas as edições do VGL até agora também esteve presente, tocando flauta ou cantando. Tommy Tallarico não só apresenta as músicas como também toca guitarra junto com a orquestra, complementando as trilhas que não são compostas só por música clássica. As imagens, os temas, o som, a iluminação, é tudo feito pensando em se construir o grande show da vida de qualquer gamer que se preze. E apesar da pouca inovação e da grande repetição na turnê deste ano, eu continuo achando tudo isso foda pra caralho. E tenho dito.

O Show


Tommy Tallarico, co-criador do VGL

    A turnê roda o mundo todos os anos e passa por vários países, então é difícil tocar sempre nos mesmos lugares. Mas segundo Tommy Tallarico, o Brasil foi o único país pelo qual o VGL se apresentou por sete anos consecutivos. Não sei se é verdade, pois só fui nos últimos quatro anos, mas se for então significa que provavelmente nunca deixaremos de ter um show aqui a cada ano, pelo menos enquanto o Video Games Live existir.
    A cada turnê, Tallarico seleciona as apresentações mais pedidas pelos fãs em sua página do Facebook, o que pode incluir tanto apresentações antigas quanto apresentações inteiramente novas. Em todas as edições que eu fui até agora, por exemplo, o show começava com a do Castlevania, e outras apresentações, como a do God of War, Megaman e Mario, sempre tocam. Todos os shows trazem apresentações novas para acompanhar as antigas, mas o número de novidades pode variar de um show para o outro, dependendo do que o público pede. Ou seja, nós é que escolhemos o que queremos ver no próximo show.
    Aqui no Brasil, as músicas são tocadas pela competente orquestra Villa Lobos, e os vídeos dos jogos são reproduzidos em cinco telas atrás e do lado do palco, três telas mostrando trechos dos respectivos jogos editados para combinar com a música e as outras duas só para mostrar alguma imagem abstrata que deve ter a ver com os jogos em alguma coisa. A iluminação é semelhante à de um show de rock, com luzes coloridas que acompanham a música e holofotes que iluminam o público quando há interação com a plateia.
    Algumas apresentações possuem suas próprias peculiaridades. Na do God of War, Laura Intravia sozinha ou com outra pessoa sobe ao palco para cantar ópera, como no tema principal do jogo, e nas de Metroid e Metal Gear Solid, atores vestidos dos personagens dos jogos ficam fazendo pose em frente à orquestra, mas isso nem sempre acontece. Além do concurso de Cosplay antes do início do show, existe um concurso de Guitar Hero em que o vencedor subirá ao palco para tocar uma música qualquer no telão no nível mais difícil. Em alguns momentos no meio do show, algumas pessoas são chamadas por Tommy Tallarico para jogar jogos no palco, mas apenas jogos antigos como Space Invaders e Frogster. Dois anos atrás, um pianista japonês foi chamado para tocar o tema de vários jogos de olhos vendados. Um ano atrás, o criador do primeiro Video Game foi entrevistado pelo Tallarico ao vivo via Skype. São surpresas assim que deixam o show mais interessante e fogem um pouco das apresentações com a orquestra. E surpreender eles sabem fazer muito bem.


 
    Sendo um pouco mais específico, vamos entrar na turnê deste ano e analisar as apresentações uma por uma.

 
Castlevania

    Essa é a apresentação que todos conhecem mais, a que abre o show todos os anos. E também uma das mais épicas. Não só são tocados muitos temas famosos da franquia, como Vampire Killer, como também temos uma edição maravilhosa com cenas que vão desde seus jogos mais antigos até os mais recentes. Quando eu a vi pela primeira vez e recebi aquela avalanche visual de chefões épicos e gigantescos e todo tipo de monstros e criaturas saídas de filmes de terror, pude sentir muito da “atmosfera Castlevania”, mesmo nunca tendo jogado um jogo sequer. É pura perfeição e uma das melhores apresentações de todas.


Megaman
 
    Outra que é perfeição pura. Foi por essa apresentação que eu conheci os temas fodásticos de Megaman e me arrependi profundamente por nunca tê-los conhecido antes. É uma das partes que mais marcou a noite e, mesmo nunca tendo jogado, imagino como deve ser emocionante para os fãs ouvirem a trilha sonora perfeita acompanhada por aquela que é provavelmente a melhor edição de imagens do show inteiro.

Kingdom Hearts
 
    Essa decepcionou um pouco, mas também foi legal. Como todos sabem, Kingdom Hearts é o jogo que junta personagens da série Final Fantasy e personagens da Disney, provavelmente o crossover mais louco e inesperado do qual eu já ouvi falar. O problema com a apresentação foi que, ao invés de imagens do jogo, eles resolveram colocar imagens dos filmes da Disney nos telões, o que é uma bela homenagem e tudo mais, mas não tem nada a ver com o show. Vamos esperar por uma escolha diferente de imagens da próxima vez.

Shadow of the Colossus

 
 
    Uma das que estavam na edição de 2009, a primeira que eu fui, se eu bem me lembro. Também é uma das melhores, é claro. A musica é calma, se comparada às trilhas dos outros jogos, mas combina perfeitamente com as imagens no telão, embora seja um jogo de aventura. Esse jogo está na minha lista de “jogos que sempre quis jogar mas nunca tive a chance” há um bom tempo, e a sua apresentação diz o porque. De todas, uma das mais belas e cativantes.

Donkey Kong Country
 
 
    Nunca joguei, mas eu gosto da trilha. Sei que é um dos jogos mais famosos da Nintendo e, julgando pelo modo como a plateia vai ao delírio durante as melhores partes da apresentação, deve ser um jogo muito amado mesmo. Ainda ponho as minhas mãos nesse jogo, ou não.

Super Smash Bros. Brawl

 
 
    Com certeza um dos pontos altos do show e a grande surpresa que estávamos todos esperando. Há anos eu queria que eles tocassem o tema de SSBB. Mas que tal fazer isso com estilo? Nesse momento, Tallarico chama quatro pessoas aleatórias ao palco para jogar um jogo que ninguém sabia qual era. Geralmente é para jogar jogos das antigas, como Frogster ou Space Invaders, mas descobrir que esse jogo seria da série Super Smash Bros. foi uma das melhores surpresas de todas as edições do VGL até agora. Melhor ainda foi vê-lo sendo jogado em tempo real com a orquestra tocando o tema de Brawl no fundo acompanhada pela Laura Intravia cantando ópera. Uma pena que eles tenham escolhido o SSB. Melee para ser jogado (único da trilogia que eu nunca joguei) e não o Brawl, que é de onde saiu a música que foi tocada. Mas mesmo assim fez a noite valer a pena só por esses poucos minutos de diversão.
 
Aerith’s Theme (Final Fantasy VII)

 
 
    Quando Tommy Tallarico anunciou que uma música da série Final Fantasy seria tocada, aposto que todos pensaram o mesmo que eu: “bah, vai ser One Winged Angel de novo!”. Nada contra essa música, eu a adoro, mas é só mais uma das que são tocadas todo santo show, todo santo ano. Mas para nossa surpresa, pela primeira vez no VGL, outra música de FF além de One Winged Angel foi tocada. E Tommy ainda disse que essa música inédita entrou para o Hall da fama das músicas clássicas em décimo sexto lugar. E a música é mesmo belíssima. Pena que resolveram colocar imagens de fanarts ao invés de cenas do jogo ou do filme (o que me fez lembrar da apresentação meio decepcionante de Zelda do ano passado), mas pelo menos não colocaram fotos de Cosplays, como faziam com a One Winged Angel.
 
Liberi Fatali (Final Fantasy VIII)
 
 
    É, duas músicas de uma mesma franquia na mesma noite, o que não é má ideia se você for levar em consideração a qualidade da trilha sonora de FF. A grande diferença agora é que não havia imagem alguma rolando nos telões. Fomos deixados só com a orquestra, algo que não acontecia desde 2010, quando chamaram aquele japa que tocava piano com olhos vendados. Foi bom pra variar um pouco.

 
Journey
 
    Uma das novidades da turnê, essa apresentação foi de um jogo para PS3 que eu nunca ouvi falar antes. Pelo que eu entendi, no jogo você é um fantasma que vaga pelo deserto descobrindo mistérios e procurando respostas. Pelas imagens pareceu interessante. A trilha é bem calminha e não chama muito a atenção, mas gostei pela novidade.

 
God of War
 
    Video Games Live não existe sem essa apresentação. Assim como aconteceu com Megaman e Castlevania, o tema da maior série baseada na mitologia grega virou tradição do VGL e toca todos os anos, sem exceções. E isso não me incomoda nem um pouco, pois é um dos melhores. Algumas vezes, Laura Intravia subiu ao palco para cantar a música em ópera, mas isso não aconteceu dessa vez. A música é tão boa que poderia ser tocada sem imagens e isso já seria o bastante para agradar o publico. Mas é bom refrescar a memória para relembrar todos os momentos épicos da trilogia, como as lutas contra Hades e Hércules, os titãs escalando o Monte Olympus, a luta contra a estátua do Colosso de Rhodes, que ganha vida, e muitos outros.


Ato 2


Street Fighter
 
    Do famoso jogo de luta que também deu as caras muitas vezes no VGL. O único defeito foi ter dado atenção demais ao personagem Blanka só pelo fato dele ser brasileiro, em uma tentativa ridícula de agradar os fãs brazucas. Se pelo menos tivessem dado atenção igualmente a todos os personagens do jogo, poderia ter sido uma das melhores apresentações de todos os tempos.
 

 
The Legend of Zelda
 
    Do meu jogo preferido de todas as eras, mas sem a apresentação costumeira das outras vezes, apenas com Laura Intravia vestida de Link tocando com sua flauta vários temas da série enquanto realizava um duelo musical com Navi, a fadinha irritante de Ocarina of Time, e no final fazendo aquilo que qualquer zeldista sempre quis fazer: chutar a fada pra longe.


Sonic The Hedgehog
 
    Uma das melhores, sem dúvidas. Acredite ou não, mas cometi o pecado de nunca ter jogado Sonic na vida, só umas versões em flash bem toscas. Obviamente, essa parte do show me deixou com muita vontade de jogar, e mais ainda de baixar as melhores músicas da trilha sonora.



World of Warcraft: Cataclysm

 
 
    Nessa, foi chamado o convidado especial da vez, Neal Acree, compositor de músicas dos jogos da Blizzard. Nessa apresentação ele substituiu o maestro e comandou a orquestra, que tocou a música do trailer do jogo enquanto o próprio trailer passava no telão. O que eu posso dizer? Foi muito foda. 
 







World of Warcraft: Mists of Pandaria


 
    Nessa outra, tivemos nosso segundo convidado especial, novamente um compositor da Blizzard, o Russell Brower, que não foi novidade pra ninguém, pois ele também foi chamado ano passado. Nada muito diferente da anterior. Ele comandou a orquestra, que tocou a música durante o trailer do jogo.


Metal Gear Solid
 
    Simplesmente o melhor jogo de espionagem e stealth da história da humanidade. Eu não joguei os outros jogos de espionagem e stealth, mas nem preciso para saber que Metal Gear é insuperável. Na apresentação, uma seleção de cenas dos quatro jogos da série MGS é exibida no telão enquanto a música tema da série é tocada pela orquestra, simplesmente um dos melhores temas de games que eu já ouvi até hoje. No meu primeiro show, no meio dessa apresentação, um ator vestido de terrorista subiu ao palco e ficou patrulhando como se estivesse protegendo uma base, eis que um ponto de exclamação brilhante sai da sua cabeça, exatamente como no jogo, o que arrancou muitas gargalhadas da plateia.

 
Earthworm Jim
 
    Já tinha ouvido falar desse jogo, mas nunca joguei. Tallarico começou falando que era um dos melhores jogos que ele já tinha jogado e, se eu não me engano, ele próprio já fez uma trilha para esse jogo. Não muito a dizer sobre esse, parece um jogo de plataforma normal e cômico, um clássico.
 

Chrono Trigger / Chrono Cross
 
 
    Nunca joguei. Sei que é considerado um dos melhores games de RPG da face da Terra. Não sei se é bom assim, mas a trilha é belíssima. Um forte candidato a “próximo jogo da minha lista”, embora eu não seja muito chegado a RPGs.
 
Pokémon
 
    Essa apresentação foi a grande surpresa do ano passado e era óbvio que iria tocar de novo este ano. A parte sonora é uma miscelânea de várias músicas do jogo e a visual traz tanto cenas dos jogos quanto do desenho que popularizou a série até mesmo entre os leigos em vídeo games. No meio da apresentação, a música para de tocar e temos o clássico discurso da Equipe Rocket com a dublagem brasileira, e o público repete em voz alta junto com eles. É hilário.



    Nesse momento, a orquestra para de tocar e Tommy Tallarico sai do palco, dando a entender que o show acabou. Como ninguém é idiota, continuamos sentados em nossos lugares, esperando pelas próximas surpresas.

E não deu outra. Um minuto depois ele volta e traz consigo uma das maiores surpresas do show:



The Elder Scrolls V: Skyrim

 
 
    Eleito o melhor jogo de 2011, provavelmente era muito óbvio que ele não ficaria de fora para qualquer um que o tenha jogado. Eu nunca joguei, então nem suspeitei. Quando a música começou a rolar e a plateia se deu conta do que estava diante deles, urros e gritos ferozes foram arrancados dos peitos de jogadores insanos (e quase estouraram os meus tímpanos). Acho que nunca vi o pessoal gritar tanto em todos esses quatro anos de VGL. Quanto a mim, bem, eu curti muito, assim como qualquer um. O tema de Skyrim é épico até demais.

Super Mario Bros
 
    Eu bem que estranhei quando o show “acabou” e não tivemos nada relacionado ao personagem mais icônico da Nintendo. Mario, assim como várias outras apresentações e sendo considerado o grande símbolo dos games no mundo todo, é uma tradição do VGL. Não pode ficar de fora. Embora os telões tenham exibido uma animação meio estranha ao invés de cenas dos jogos, foi um momento bem legal. O que mais eu posso dizer? É Mario!

Portal
 
    Eu ainda me lembro quando, em 2010, o tema Still Alive (a famosa música que toca durante os créditos de Portal) foi tocado pela primeira vez no VGL. Gritei mais que em qualquer show de rock em que eu já tenha ido. Portal é um dos melhores jogos da Valve e o melhor puzzle game que eu já joguei até hoje. É claro que, três anos com essa mesma música sendo repetida no final do show acaba cansando. Mas não deixei de curtir mesmo assim, com Tommy Tallarico tocando violão e Laura Intravia cantando, sendo acompanhados pela plateia que lia a letra da música pelo telão. Serviu para fechar a noite com chave de ouro.



Conclusão

 
            Sinceramente eu não sei dizer se sou eu que estou me cansando do show ou se é o Tommy Tallarico que está perdendo a mão. Só sei que, com seus altos e baixos, defeitos e acertos, o VGL de 2012 me divertiu muito, muito mais do que qualquer outro show (exceto o próprio VGL dos anos anteriores, é claro). Mas é um fato que na segunda apresentação Tommy já demonstrava sinais de cansaço. E perto do final do show parecia já não ter mais paciência alguma para continuar apresentando. Não o culpo. Se para mim pode ser cansativo ir ao show por quatro anos consecutivos, imagina para ele, que precisa passar por turnês inteiras todos os anos e ainda reservar o tempo em que não está no palco para organizar o show do próximo ano. Mesmo sendo um cara jovem, é de se espantar que alguém como ele tenha tanta energia e tempo sobrando.

    Portanto, é nítido que ele continua se esforçando e se empenhando com toda a sua vitalidade para manter o VGL de pé, fazer com que ele continue sendo o grande espetáculo da vida de todos os gamers e um motivo de orgulho para esse público. E é por causa desse esforço que eu pago pelo meu ingresso. É por causa de todo esse capricho e comprometimento com os fãs que vale a pena continuar indo ano após ano àquele que é o melhor show de música de vídeo game de todos os tempos. Então, sim, eu continuarei indo. Até porque eu não quero perder um certo jogo que estou esperando há três anos para aparecer no show.

PS: caso algum vídeo não esteja funcionando (nenhum de minha autoria, assim como as imagens) recomendo procurá-lo na web, vale muito a pena.
 





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