[Lista] O que queremos ver nos próximos jogos de Half-Life?

    Alguns posts atrás eu escrevi sobre o próximo título da franquia Half-Life, que ainda não tem data de lançamento, e como a excitação dos fãs quanto à chegada desse jogo estava transbordando todos os limites da paciência. Também falei um pouco sobre tudo aquilo que queríamos ver no próximo jogo, o que não é pouca coisa. Pra entrar um pouco melhor no assunto, fiz uma lista do mínimo que os próximos jogos de Half-Life (e não necessariamente o HL2 Episode Three) precisam ter para deixar os gamers satisfeitos, nem que tenhamos de esperar até o último capítulo para conseguir isso.

Combine Overworld

    Uma das coisas que podia voltar era aquela velha ideia de visitarmos mundos alienígenas vinda do primeiro arco de Half-Life. Acho que o único defeito de Half-Life 2 e expansões foi ter retirado isso. Os jogos do segundo arco se passam todos no mesmo mundo (na Terra). No Half-Life 1 e expansões, pelo menos, podíamos visitar o mundo de Xen, ou o “Borderworld”, uma dimensão paralela de onde os aliens vinham para invadir a Terra. Mas no segundo jogo, aliens de Xen continuam sendo transportados para o nosso planeta, mas não podemos mais visitar o seu mundo. O mínimo que os próximos jogos de HL podiam fazer é voltar com essas viagens interdimensionais. Aliás, o Combine Overworld pôde ser visto de relance no final de Half-Life 2 (como na imagem acima), mas não tivemos nenhuma informação adicional sobre esse mundo. Seria uma ótima ideia se pudéssemos visitar esse mundo alienígena completamente novo, nem que ele seja uma mera cópia do Pirate Homeworld de Metroid Prime 3 ou um simples plágio do Xen de Half-Life 1.

Novos inimigos/veículos/armas

    Esse tópico já é meio óbvio. Aliás, um jogo novo que não inova não é um jogo novo. É claro que os próximos títulos irão trazer muitas novidades, pelo menos por parte dos NPCs, cenários e veículos. Mas o que me incomoda é que nos últimos três jogos, a série não inovou nas armas. Usamos exatamente o mesmo arsenal em HL2, Episode One e Episode Two. A única variação é que o pheropod, aquela granada de feromônios que serve pra controlar os antlions, só aparece em Half-Life 2. E a Gravity Gun super carregada (capaz até de carregar pessoas) só ganha esse efeito no final de HL2 e no início de Episode One. Tirando isso, o arsenal de Gordon Freeman não muda em nada. Dá saudade dos tempos de Half-Life 1, em que tínhamos novas armas a cada jogo. Quando é que veremos novidades nessa parte nos próximos jogos? Só nos resta esperar para ver.

Luta contra um Advisor

    Combine Advisors são os seres assustadores que estão por trás de toda a invasão Combine na Terra. Eles se assemelham a vermes gigantes com implantes cibernéticos, possuem poderes psíquicos e uma língua que suga os fluidos corporais dos humanos pela nuca. O único momento em que eles apareceram explicitamente, porém, foi em Episode Two, o último Half-Life lançado. Mas não tivemos a chance de lutar contra um deles ainda. Se for para lutarmos contra um Advisor no próximo jogo, então provavelmente serão o chefão final ou farão parte da luta final para salvar a Terra. Não consigo nem imaginar um jeito de se derrotar um Advisor. Eles são extremamente poderosos e parecem invencíveis. Acho que para nos tornarmos capazes de derrotar um precisaremos de um novo tipo de arma, o que diz respeito ao tópico anterior. Ou pelo menos assim eu espero.

Referências a Portal

    Portal e Half-Life fazem parte do mesmo universo. Disso todo mundo já sabe. Mas o que vimos no último jogo é que as duas franquias estão ficando cada vez mais próximas. A resistência humana está atrás de um famoso navio quebra-gelo chamado Borealis que pode conter a peça chave na guerra contra os Combines. Em Portal 2, podemos ver o Borealis escondido em Aperture Science e em Half-Life 2 Episode Two, em um vídeo que mostra a localização do navio, o logotipo da Aperture aparece claramente estampado em sua lateral. Tudo isso indica que os dois jogos estão cada vez mais próximos um do outro. Talvez um dia chegaremos ao ponto dos dois se misturarem e termos personagens das duas franquias em um jogo só. Ou talvez não, e o navio quebra-gelo acabe sendo a única ligação entre as duas séries mesmo. De qualquer jeito, quanto mais referências um jogo fizer ao outro, melhor.

Explicações sobre o G-Man

    Gordon Freeman do futuro? Homem do governo? Alienígena disfarçado? Sete jogos já se passaram e nem uma única informação sobre a misteriosa personagem que gosta de observar nossos heróis de longe foi revelada. Em algum momento, todos os seus segredos terão de ser revelados, de um jeito ou de outro, nem que tenhamos de esperar até o último Half-Life para isso. Uma coisa é certa: Mesmo tendo nos ajudado em alguns momentos, G-Man é o grande vilão da série. Isso é fato.  Portanto, tudo o que eu peço é uma luta final contra essa personagem e uma explicação convincente do que é exatamente o G-Man, esse homem misterioso que anda por aí de terno carregando uma maleta e gosta de se teletransportar entre os mundos para nos observar de longe.

Conteúdo retirado dos outros games

    Half-Life 2 foi um jogo imenso. Mas, acredite se quiser, muita coisa foi retirada da versão final do jogo. E é tanta coisa que se juntássemos todo esse material descartado daria para fazer um novo jogo que fosse do mesmo tamanho ou até maior do que o jogo original. Uma parte desse material pode ser encontrada na versão beta (o protótipo) do game, enquanto outra parte nem chegou a sair do papel. E eu vi muita coisa legal que se encaixaria bem em um título de Half-Life, desde novas armas e veículos até inimigos inéditos. Alguns desses materiais que não foram utilizados, como a Kraken Base, um cenário que deveria ter aparecido em Half-Life 2, já estão confirmados para o próximo jogo. Mas eu fiquei muito curioso quanto à maior parte do material e dos concepts de elementos não utilizados, pois o jogo deveria ter sido muito maior e com mais coisas. Se você já procurou pela versão beta de HL2 provavelmente já viu algo sobre a hydra (imagem), um inimigo que foi simplesmente descartado da versão final. E isso não é nada se comparado ao resto do que eu vi. Espero muito que ideias e projetos não utilizados nos jogos que já passaram possam ser reutilizados em jogos futuros. Acho que daria muito certo.

Retornos de NPCs/lugares/armas antigos

    Acho que é uma opinião unânime dos fãs de Half-Life que os velhos elementos da série devam voltar em jogos futuros. Acho não, tenho certeza. Todo mundo tem um mínimo de vontade de reviver os locais nostálgicos do Half-Life 1 com os gráficos inovadores do Half-Life 2, passear pelos cenários alienígenas de Xen (imagem) novamente, visitar o complexo da Black Mesa como se fosse a primeira vez. E porque pensar só nos cenários? HL1 teve muita coisa interessante por parte dos aliens e NPCs. Porém, os únicos que foram refeitos em HL2 foram os barnacles e os headcrabs, dois dos inimigos mais fracos e normais do primeiro jogo. Imagina como ficaria um gargantua ou tentacle pit com gráficos source? Nesse caso, o ideal seria fazer um remake do Half-Life 1 e expansões com os gráficos do HL2. Até existem alguns projetos assim, como o Black Mesa Source (trailers podem ser encontrados na internet), mas ainda não vimos nem sombra do jogo. Enfim, um remake oficial feito pela Valve, perfeitamente igual ao jogo original, só que com gráficos surpreendentes, é tudo o que peço. Também seria bom voltar à Black Mesa no próximo jogo no maior estilo Metal Gear Solid 4, quando voltamos a Shadow Moses, do primeiro jogo, mas como o laboratório foi pelos ares graças ao nosso amigo mútuo (o G-Man), podemos esquecer essa ideia.

Adrian Shepard

    Uma das grandes diferenças entre o Half-Life 1 e o 2 foi que o primeiro teve expansões com diferentes personagens como protagonistas. Se em Blue Shift tivemos Barney Calhoun como personagem principal, em Opposing Force tivemos Adrian Shepard, um soldado marine que fazia parte dos inimigos em HL1. Tomar o papel do inimigo na primeira expansão foi uma surpresa e tanto e agradou todos os jogadores de um modo geral. Com certeza a maioria adoraria ver o retorno glorioso do soldado que só apareceu em um jogo até agora. Porém, no final de Opposing Force, Shepard foi detido pelo G-Man, assim como Gordon Freeman. Mas Gordon já voltou em HL2, enquanto Shepard sumiu sem deixar vestígios. Nunca mais ouvimos falar dele em jogo nenhum. Quais são os planos de G-Man para ele no futuro? O mistério ficou no ar. Então, mesmo que não seja no próximo jogo, em algum momento queremos que Shepard apareça novamente, em ótima forma e com um arsenal inteiramente novo para que possamos mais uma vez jogar na pele de um soldado ao invés de um cientista (sem querer desmerecer Gordon, ele ainda é o meu preferido). Só que Adrian Shepard não foi o único deixado de lado desde os jogos antigos. O Dr. Rosenberg, de Blue Shift, por exemplo, nunca mais apareceu. E quanto a Gina Cross e Collete Green de Half-Life: Decay? Muitos personagens estão sumidos e seriam otimamente bem recebidos em episódios futuros. O retorno de qualquer um deles irá agradar imensamente até o fã mais exigente.

Guerra entre todas as raças ao mesmo tempo e no mesmo lugar

    Isso é o que eu já estou pedindo há muito tempo. Não só quero estreias de raças alienígenas e novos inimigos, como também quero que, provavelmente lá pro final do jogo, aconteça uma guerra que contenha todas as raças de aliens, todos os inimigos que já apareceram até agora lutando entre si. Half-Life é uma série que busca entreter o jogador com momentos únicos de adrenalina pura. Então o que seria melhor do que criar um momento onde todos os NPCs estão em um mesmo lugar, em uma situação que os force a batalhar entre si? Seria caos total! É tudo o que a saga precisa para fazer os gamers terem uma overdose de adrenalina. Seria um daqueles momentos loucos em que o protagonista tenta realizar algum feito para dar fim à guerra, só que com vários obstáculos pelo caminho. Você entraria no meio de uma guerra caótica entre todos os tipos de inimigos. Haveria todas as subespécies de antlions, todos os tipos de zumbis (incluindo os novos que provavelmente aparecerão no próximo jogo), barnacles, todas as unidades do exército Combine, rebeldes e até vortigaunts no meio. Quer mais do que isso?

O que aconteceu com as crianças?

    Um dos maiores mistérios da franquia além do G-Man é que até agora não apareceu nenhuma criança durante todos os jogos. A personagem mais nova é Alyx Vance, de mais ou menos uns vinte e cinco anos. Todos os outros personagens são adultos. E alguns detalhes pelo jogo nos levam a acreditar que algo bem sinistro aconteceu com as crianças e os adolescentes do universo de Half-Life. No final de HL2, em uma conversa entre o líder da resistência Eli Vance e o ditador tirano Wallace Breen, Eli solta a frase “O que eu vi está além de palavras, Breen. Genocídio, maldade indescritível”. Estaria ele se referindo ao o que possivelmente aconteceu aos jovens de City 17? Talvez os Combines não se interessassem por crianças e resolveram fuzilar todos os mais jovens da cidade. Até mandaram instalar um campo de supressão por toda a cidade que impede qualquer tentativa de fecundação do óvulo, o que impede o nascimento de novas crianças. Ou talvez os jovens tenham sido todos mandados para trabalhar em fabricas. Seja lá o que aconteceu, é possível que esse mistério seja esclarecido em jogos futuros, ou que simplesmente permaneça na escuridão para que cada jogador invente o seu próprio final.

Novos aliados

    Se os vortigaunts se aliaram à resistência humana no segundo arco, isso significa que é possível que os próximos jogos tragam muito mais aliados de outros planetas. E eu realmente espero que isso aconteça. É só imaginar alguns dos inimigos do primeiro jogo lutando ao nosso lado. Por que não? A humanidade precisa desesperadamente de mais ajuda. Os vortigaunts já auxiliam muito, mas não é o bastante. Quando eu penso em mais aliados, geralmente imagino os aliens grunt de HL1 sendo trazidos para o nosso mundo para lutar contra os Combine. Mas se considerarmos a chance do Borealis guardar um segredo sobre as viagens com portais, as possibilidades podem ir muito mais além do que imaginamos. Que tipo de segredo nos aguardam nos próximos episódios de Half-Life? Mal posso esperar para descobrir.

Retorno a Ravenholm

    Ravenholm é um dos melhores e mais atmosféricos cenários que um game já teve. Entrar nessa cidade abandonada é quase como entrar em outro jogo. Você sai do clima de ação e adrenalina típico de Half-Life e entra em uma atmosfera sombria e tensa digna de um jogo de survival horror. O protagonista Gordon Freeman chega à cidade fantasma de Ravenholm que está aparentemente deserta e tem uma infeliz descoberta: ela está infestada por zumbis. Os headcrabs, aliens parasitas que transformam as pessoas em zumbis, serão o seu único inimigo nessa parte do jogo. Seu único aliado é Father Grigori, um padre da cidade e seu único sobrevivente desde que os Combines bombardearam Ravenholm com cápsulas contendo headcrabs. Grigori montou diversas armadilhas para matar os zumbis e fica te ajudando de longe, te guiando enquanto atira nos zumbis com sua espingarda. Essa ideia de passar por uma cidade sombria, de noite, com zumbis que podem aparecer a qualquer momento, foi uma das melhores coisas que poderiam existir em um Half-Life. E eu quero que isso volte. Não precisa necessariamente ser em Ravenholm, mas a ideia de passar por um lugar sombrio infestado de zumbis tem que voltar em um jogo futuro exatamente como esteve em Half-Life 2, só que maior e mais demorado – e também mais assustador. O que aconteceu com Grigori também podia ser esclarecido, já que Ravenholm ficava fora dos limites da Cidade 17, logo não foi destruída pela explosão da cidadela. Vamos torcer para que algo muito parecido com Ravenholm volte no próximo jogo ou em algum outro jogo da série no futuro. Por favor, Valve, faça acontecer!