quinta-feira, 5 de maio de 2011

Wilson Simonal - Ninguém sabe o duro que dei

    Aqui está uma resenha que fiz sobre o documentário do Simonal pra faculdade. Depois de passar o filme, o professor deu um prazo de uma semana para fazer a resenha. Como minha memoria é muito maluca, no dia seguinte eu já tinha esquecido de tudo e só fui me lembrar na semana seguinte, com o professor pedindo para que a turma entregasse o trabalho ao final da aula. Para a minha sorte (e a de outros alunos também) ele estendeu o prazo de entrega pra dali a dois dias. Tudo bem que eu já sabia que ele faria isso, mas eu nunca deixaria de fazer um trabalho por um motivo desses. Aproveitei e fiz a resenha no mesmo dia para entregá-la no dia seguinte. Foi minha primeira resenha sobre um documentário e minha primeira vez fazendo uma valendo nota. Só achei que deveria ir para algum lugar além do papel.

    Foi incrível saber como Wilson Simonal chegou aonde chegou sendo um negro de família pobre em uma época preconceituosa. Não sabendo nada sobre o artista antes de assistir ao documentário, achei-o muito esclarecedor do ponto de vista informativo. O conteúdo de teor histórico nos dá uma ideia perfeita dos acontecimentos durante o sucesso de Simonal, não apenas por seu talento, mas também por ser uma pessoa improvável.
    Dirigido por Claudio Manoel, Calvito Leal e Micael Langer, o filme é super informativo, pois esclarece uma parte obscura de nossa história. Depois de uma enxurrada de cenas que mostravam Simonal como o grande artista da década de 60, enfatizando ao máximo seu sucesso, o filme mostra, em um brilhante contraste, a queda de sua fama, ao ser acusado de sequestrar seu ex-contador por causa de um suposto furto, aonde ele teria sido levado ao DOPS. Tais acontecimentos fizeram com que Wilson Simonal fosse censurado tanto pelos militares quanto pelos artistas, sendo boicotado de tal forma por eles que, mesmo esbanjando popularidade e riqueza, em um mês já não era mais ninguém.
    Apesar de ter sido muito informativo nestas questões, o documentário carece de maiores informações sobre o resto da vida de Simonal, sua infância e adolescência, embora haja, sim, depoimentos sobre tal época. Mas é compreensível, visto que se houvessem tais informações o filme estaria fugindo de seu foco principal.
    Na trajetória de seu sucesso artístico, são gravadas várias parcerias com diversas outras celebridades da época, como Sarah Vaughan e Elis Regina. Dentre as famosas canções citadas no filme, está a eternamente conhecida “País Tropical”, de Jorge Ben, que ganhou uma regravação de Wilson. Os depoimentos ficam por parte de Chico Anysio, Nelson Motta, Pelé, Toni Tornado e até de seu filho, Wilson Simoninha. Os cenários contam, basicamente, com as casas dos entrevistados, estúdios e imagens de arquivos.
    “Ninguém sabe o duro que dei” não é um filme moralista. O documentário não faz julgamentos, não adota um determinado ponto de vista, sem se colocar entre a culpa e a inocência de Simonal, mas mostra, através de vários depoimentos de pessoas que testemunharam àquela época, que a história não era exatamente aquela que foi contada.

2 comentários:

  1. muito boa sua crítica
    parabéns!!!!
    me ajudou a fazer a minha!

    ResponderExcluir
  2. muito boa sua crítica... me deu uma base de como fazer a minha, parabéns

    ResponderExcluir